Francisco Vicente da Silva*
"São apenas escolhas políticas: betão ou educação? "
Por cá o desemprego jovem atinge números recorde. Com eles sobe também o risco de uma explosão social como temos visto já em diversos países ultimamente.
Um governo que em vez de apostar na realização de todo o potencial da juventude, que o desperdiça e deita no lixo, é um governo que pretende acabar com o futuro do país.
Cada vez mais o poder local terá que se confrontar com as consequências desta negligência voluntária do governo e procurar apresentar soluções para a combater e minimizar os estragos que o governo central está a causar ao país e em especial aos mais jovens.
Uma política local apropriada será não um apoio directo, esse compete à administração central, mas a criação de uma espécie de rede que ampare as quedas resultantes do não investimento em políticas centrais de juventude.
Sabemos hoje que há milhares de jovens a deixar as faculdades por impossibilidade de continuarem a pagar propinas com valores cada vez mais altos, violando a constituição portuguesa que postula um ensino universal e tendencialmente gratuito.
Sabemos também, que há milhares de jovens a contrair empréstimos a juros abusivos para conseguirem acabar de pagar o seu curso, contando que assim que o terminem consigam obter uma remuneração digna das suas qualificações para saldar estas dívidas.
No entanto, os jovens têm cada vez menos oportunidades de emprego, quanto mais empregos onde recebam remunerações ajustadas à mais valia que trazem aos empregadores.
Uma política local apropriada será não um apoio directo, esse compete à administração central, mas a criação de uma espécie de rede que ampare as quedas resultantes do não investimento em políticas centrais de juventude.
Sabemos hoje que há milhares de jovens a deixar as faculdades por impossibilidade de continuarem a pagar propinas com valores cada vez mais altos, violando a constituição portuguesa que postula um ensino universal e tendencialmente gratuito.
Sabemos também, que há milhares de jovens a contrair empréstimos a juros abusivos para conseguirem acabar de pagar o seu curso, contando que assim que o terminem consigam obter uma remuneração digna das suas qualificações para saldar estas dívidas.
No entanto, os jovens têm cada vez menos oportunidades de emprego, quanto mais empregos onde recebam remunerações ajustadas à mais valia que trazem aos empregadores.
Estamos assim a criar mais uma espiral de endividamento sem possibilidade de pagamento para conseguirem saldar estes empréstimos os jovens terão de se sujeitar a qualquer proposta salarial e a quaisquer condições de emprego, baixando assim o valor médio pago em salários.
Em vez de rotundas, estatuetas e demais investimentos sem sentido, o orçamento das autarquias devia incluir uma parte canalizada para o investimento no ensino superior. É urgente fazer o levantamento de quantos jovens em cada concelho estão a abandonar o ensino superior bem como o número de jovens que nem colocam essa possibilidade após terminarem o secundário por falta de condições financeiras. Posteriormente seriam analisados os casos e a câmara seria responsável pela criação de bolsas de estudo para colmatar as falhas do governo central de modo a que não houvesse um único jovem que abandonasse os estudos por estas razões.
Em vez de rotundas, estatuetas e demais investimentos sem sentido, o orçamento das autarquias devia incluir uma parte canalizada para o investimento no ensino superior. É urgente fazer o levantamento de quantos jovens em cada concelho estão a abandonar o ensino superior bem como o número de jovens que nem colocam essa possibilidade após terminarem o secundário por falta de condições financeiras. Posteriormente seriam analisados os casos e a câmara seria responsável pela criação de bolsas de estudo para colmatar as falhas do governo central de modo a que não houvesse um único jovem que abandonasse os estudos por estas razões.
São apenas escolhas políticas: betão ou educação?
* O autor escreve às Quartas-feiras no Blog da A.I.J.
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